domingo, 16 de setembro de 2007

Simples e gracioso!






Tenho um cachorro da raça Dachshund, que ficou conhecido no Brasil como "cofap" por ser o garoto propaganda da citada marca. Folheando o livro Tanteidan Vol. 12 encontrei o diagrama do citado caozinho. Facílimo de fazer. Foi criado por Aoki Ryo. Comparando a foto da dobradura com o cãozinho que o inspirou percebemos que um bom Origami não necessita sempre de centenas de dobras, mas sim criatividade.
Aos que acompanham minhas postagens, peço desculpa pela demora das mesmas. Ando muito ocupado. Quem quiser sugerir alguma dobra, basta escrever.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Ratos que nao assustam ninguém




A primeira coisa que lembrei quando vi esse origami foi o célebre livro de Douglas Adams, "O Guia do Mochileiro das Galáxias". Quem quiser saber o motivo, vai ter que ler o livro. ;-)

Esse origami foi criado pelo Genial Eric Joisel a partir de um modelo desdobrado de John Montroll. Apesar de ser bem simples sua feitura, o resultado é cativante. Utilizei papel Manteiga para todos, menos para o menorzinho que foi feito enquanto eu aguardava o jantar em um restaurante. O papel?? Foi o guardanapo mesmo. É isso aí... nao existe lugar nem hora de dobrar. Mãos a obra!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Escolha do Papel


Algumas vezes pensamos que o modelo escolhido para dobrar é impossível quando, na verdade, impossível é fazer muitas dobras com um papel inadequado. Os modelos de origamis mais tradicionais e antigos podem ser feitos com a conhecida folha de papel Ofício ou A4, já os modelos mais complexos pedem papéis maiores, algumas vezes mais finos e mais resistentes. Para esse louva-a-deus utilizei, primeiramente, uma folha comum própria para Origami de 15 cm. Podem ver que não deu pra fazer um bom acabamento final e o papel chegou mesmo a rasgar em alguns pontos. Depois fiz o mesmo modelo com papel manteiga maior, assim pude fazer um acabamento mais convincente. Utilizo papel manteiga por duas razoes: moro em uma pequena cidade e não encontro papéis próprios para origami e a segunda razão é que o papel manteiga, além de resistente, mantém as dobras que fazemos. Quando eu encontrar um papel melhor avisarei.

domingo, 17 de junho de 2007

Kirigami ou Kirikomi Origami?



O primeiro origami mais complexo que vi, há muitos anos atrás, foi esse siri. Um tio meu o trouxe do Japão já feito e o deu ao meu primo. Bem, como eu não tinha diagrama, convenci meu primo a desdobrá-lo para aprender como fazê-lo. Assim, pude perceber que o papel havia sido cortado e só anos mais tarde eu descobriria que o siri tratava-se de um Kirigami ou Kirikomi Origami. Para muitos trata-se da mesma coisa mas no Livro Complete Origami de Eric Kenneway encontramos uma diferença. Assim, Kirigami seria a palavra japonesa para cortes feito no papel após ter sido dobrado de modo que, quando desdobrado, formasse algo. Kirikomi Origami é um origami feito com um papel que sofreu alguns cortes mas sem alterar a forma do mesmo. Aqui, mostro como fazer o primeiro desses origamis que vi. Não sem quem o criou. Utilizei um papel de origami de 15 Cm. Boas dobras!!!











sábado, 16 de junho de 2007

Satoshi Kamiya e Acabamentos - Ancient Dragon


Na primeira vez que tentei dobrar o Ancient Dragon de Satoshi Kamiya utilizei uma folha de papel de presente. O resultado foi nenhum. Não consegui, pois utilizei uma folha pequena e em dado momento era impossível dobrar. Para o modelo postado aqui, utilizei papel manteiga de 55 cm. Da mesma forma para o pegasus. O que acho mais incrível é que Satoshi criou o pegasus com 16 anos e tinha apenas 21 anos quando nos presenteou com o Ancient Dragon, um dos origamis mais cobiçados pelos intérpretes brasileiros. Imagino o que fará quando estiver mais velho. Mas a questão que quero descatar aqui é o acabamento. Na primeira foto, temos o dragão assim que terminei de dobrar... Sem vida. E assim ficou por alguns dias até que decidi tentar melhorar o acabamento. O resultado está abaixo. Da mesma maneira o pegasus. Quando terminei de dobrá-lo pensei que tinha perdido tempo pois não parecia com o da foto do livro. Não desisti. Insisti no acabamento e resultou em uma bela dobra. Sempre insisto: atenção ao papel escolhido e ao acabamento. Cada origami é único. Mesmo se vc seguir o mesmo diagrama, cada origami feito será exclusivo.



Uma folha??????


Alguns origamis são tão realistas que muitos duvidam serem feitos com apenas uma folha sem qualquer corte. Um exemplo disso é esse modelo que dobrei essa semana: A Violinista. Foi criado por Hojyo Takashi que é especialista em figuras humanas realistas. Nas fotos, podemos ver mais ou menos o processo de dobragem do modelo e perceber que é realmente feito com apenas uma folha!! Para construir modelos tão perfeitos, Takashi utiliza uma técnica semelhante ao Box Pleating. E o que é Box Pleating? O livro "Complete Origami de Eric Kenneway" nos dá uma luz: consiste em dobrar-se uma folha de papel em pequenos quadrados fazendo uma série de dobras paralelas às bordas do papel nos sentidos horizontais e verticais. Depois, dobra-se várias diagonais por toda a folha. Assim, o resultado será um CP (Crease Pattern ou Padrões de Dobra) com várias bases preliminares. Na teoria, é possível, a partir dessas marcas, moldar o papel da maneira que se desejar para obter qualquer forma. NA TEORIA. Na prática, é necessário talento e inspiração. A técnica de Box Pleating tem como pioneiros os artistas americanos Fred Rohm e Neal Elias da década de 60. Este último tinha como ambição dobrar a "Última Ceia" com apenas uma folha!!!




quinta-feira, 14 de junho de 2007

América Latina Também tem seu Mestre!!!


Román Díaz é uruguaio. É também um apaixonado por animais. Isso explica duas coisas: o fato dele ter se tornado um veterinário e o fato dos seus origamis tratarem quase que exclusivamente de animais!!! Por conhecer bem sobre a fauna, todos seus modelos são sempre fiéis à realidade. Além disso, possuem poucas dobras em relação aos modelos dos grandes criadores da atualidade, mas isso sem perder a qualidade do origami acabado. Como bem expõe Saadya no prólogo do livo "Origami para Interpretes" de Díaz (que não pode faltar na biblioteca de nenhum apaixonado pela arte japonesa): "La economía es aún virtud. Hoy en dia en Japón hay una joven generación de disenadores enormemente talentosos, pero es dificil imaginar a alguno de ellos atreviéndose a hacer animales tan convincentes como estos con menos de la mitad de los pasos". E é verdade. Outro aspecto também presente no trabalho dele é a vitalidade dos seus modelos. As fotos de seus origamis parecem ter sido tiradas com eles em movimento. E não é jogo de câmera não. Esse modelo que dobrei, por exemplo, não tem nada de especial na sua feitura. Papel A4 e só. Resultado? Um Fox Terrier que parece ter vida. O próprio autor nos dá uma dica de como isso ocorre na introdução do seu livro: "Hoy tomo en cuenta varias cosas para considerar que um modelo está terminado. Hay varios aspectos técnicos y formales que me gusta considerar, la secuencia de doblado, el interés de la figura etc. Pero hay uno que es más fuerte que lo otros, cuando termino una figura la miro desde el suelo y tiene que tener algo, una chispa de vida, algo que haga olvidar, aunque sea por una fracción de segundo, que está hecha de papel. Es que si no, seria una falta de respeto." Não bastasse tanto talento, o artista é super atencioso com quem o escreve com dúvidas ou sugestões. Para saber mais sobre Román e seu trabalho, além de dicas sobre origami: http://dosisdiaria.blogspot.com/

O GrAnDe MeStRe




Para primeira postagem, eu não poderia escolher outro origami para mostrar se não o do grande Akira Yoshizawa. É incrível como alguém pode ser ao mesmo tempo tão simples e complexo. O diagrama do Gorila eu já tentei fazer inúmeras vezes mas não consigo... sao 12 passos!!! O problema não é dobrar, mas acabar o modelo. Pra quem conhece o trabalho do mestre japonês sabe como seus retoques no acabamento davam vida ao modelo. Aqui, estou postando dois elefantes que dobrei já faz um tempinho utilizando papel A4.